Professores: Sinproesemma discute campanha salarial em São João dos Patos
Professores de Paraibano aderem à Greve Nacional da Educação Nesta Segunda-feira
Dezenas de trabalhadores em educação de São João dos Patos participaram de uma reunião, na quarta-feira (12), no Centro de Ensino Médio Doutor Paulo Ramos, com os diretores e a assessoria jurídica do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA). Com canetas e papeis nas mãos, os educadores acompanharam as informações fornecidas pelos dirigentes sobre a pauta de reivindicação da categoria para 2014.
O presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, conduziu parte do encontro com os educadores e apresentou a campanha salarial dos trabalhadores para 2014. Segundo o dirigente, a entidade está lutando pela aplicação de um conjunto de direitos conquistados após uma greve de 40 dias na rede estadual no ano passado. “A nossa campanha salarial envolve a recomposição salarial de 8,32%, o pagamento de progressões, titulações, promoções, a realização de concurso público, a regulamentação das gratificações de área de risco e de difícil acesso”, pontuou. O dirigente ressaltou que o reajuste salarial de 8,32%, oriundo do artigo 32º do Estatuto do Educador, cujo mecanismo remete ao reajuste do Piso Nacional do Magistério como critério para recompor, no mês de janeiro de cada ano, as remunerações do magistério estadual, deve ser pago pelo governo no mês de março, garantido o retroativo a janeiro.
Além disso, Júlio Pinheiro cita o pagamento das promoções, titulações e progressões como grandes bandeiras que devem ser reivindicadas pela categoria e solucionadas pelo governo. Pinheiro lembra que, ao final da greve de 2013, foi feito um acordo com o governo do estado na Justiça para o pagamento desses direitos que estava há anos sem nenhuma perspectiva de pagamento.
Com a assinatura do acordo, segundo Pinheiro, milhares de trabalhadores tiveram, finalmente, o direito reconhecido e acréscimos significativos nas remunerações. Por outro lado, Pinheiro adverte aos educadores não contemplados a recorrer ao SINPROESEMMA, levando o termo de pose, diploma e requerimento, para que a entidade cobre o direito conquistado nas ruas em 2013. “Ainda há trabalhadores que não receberam os seus direitos. É necessário procurar o sindicato para que possamos cobrar administrativamente, pois há um acordo judicial que nos ampara. Caso o estado não pague os direitos, podemos acionar a justiça a qualquer momento”, ressaltou.
Depois foi a vez do assessor jurídico do Sinproesemma, Luis Henrique Falcão, apresentar as questões jurídicas que envolvem o magistério. Uma delas foi o ajuizamento individual das ações de diferenças salariais, conquistadas na Justiça pelo SINPROESEMMA, que podem gerar ganhos de até R$100 mil. Segundo o advogado, alguns trabalhadores deixaram de anexar documentos importantes para a comprovação do direito na justiça, o que impediu, nesse primeiro momento, o ingresso no Tribunal de Justiça, sendo necessário a revisão dos documentos. Outro ponto discutido foi a situação dos descontos para o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público do Maranhão (Sintsep-MA), registrados em dezembro, nos contracheques dos trabalhadores em Educação. O advogado explicou que a entidade já tomou as medidas necessárias para que a justiça faça o estorno, porém falta o parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que deve ser feito até a próxima terça (18), uma das etapas antes da autorização da devolução dos valores. Caso a PGE não se posicione dentro do prazo, a entidade já está de posse de uma petição para ajuizar e cobrar o aceleramento do processo de devolução dos valores cobrados indevidamente. Fonte: .http://sinproesemma.org.br/2014/03/sinproesemma-discute-campanha-salarial-em-sao-joao-dos-patos/
Na manhã desta segunda-feira (17) os professores de Paraibano aderiram ao movimento nacional pelo cumprimento da Lei do Piso, Jornada, investimento em royalties de petróleo na valorização da categoria, votação do Plano Nacional de Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública. O Sindicato dos Professores de Paraibano,veiculou na manhã desta segunda-feira por maio de carro de som, comunicando o motivo e os dias da greve. No comunicado o Sindicato dos Professores além de convidar toda a classe para assinatura afim de documentar as reivindicações junto ao Governo Federal, o Sindicato pediu também espaço na Sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira para esclarecer sobre o que motivou a Greve.
Dentro da programação do movimento, o Sindicato de Professores de Paraibano, está marcado para as 17:00 horas desta terça-feira (18) uma marcha pelas reivindicações. A concentração será em frente ao Sindicato na Rua São Francisco. A programação terá encerramento na quarta-feira (19) quando realizará uma alvorada, oração ecumênica e concluirá com um café comunitário.
Para Geralda Alves, presidente do sindicato dos professores de Paraibano, a Greve Nacional da Educação é para que os educadores exijam o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria e a votação imediata do Plano Nacional de Educação e a destinação dos 10% do PIB para a educação pública: “Pedimos a compreensão e apoio dos pais de alunos junto a esse movimento para que a classe dos professores consigam a valorização que realmente merecem, isso só irá melhorar a educação” disse Geralda e completou: “Muitos pais de alunos acham que os professores estão parando esses três dias por que não querem trabalhar, mas não é isso, o professor também precisa lutar pelos seus direitos para que tenham melhores condições de educar os alunos” afirmou Geralda.
A Greve Nacional da Educação terá realização de diversas formas de manifestações como passeatas, atos públicos, panfletagens e audiências públicas e cada município terá uma adesão diferente. O sindicato informa que os dias paralisados com a greve serão repostos.