sexta-feira, novembro 22, 2024
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Maranhão tem 7,2 casos de sífilis em gestantes para cada mil nascidos vivos, segundo boletim

Campanha, lançada ontem, quer combater casos da doença, principalmente em gestantes jovens

imagesbSÃO LUÍS – O Maranhão teve, em 2015, uma taxa de incidência de 7,2 casos de sífilis em gestantes, para cada mil nascidos vivos. Este ano, já foram detectados 293 casos de sífilis em gestantes e 121 casos de sífilis congênita em crianças menores de um ano, que teve, no ano passado, média de 3,4 casos para cada mil nascidos vivos. A incidência em adultos é de 8,6 casos para cada 100 mil habitantes. Os dados constam no Boletim Epidemiológico divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.

Todos os tipos de sífilis – adulto, em gestantes e congênita (em bebês) – são de notificação obrigatória no país há pelo menos cinco anos. Ainda segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2016, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%; a sífilis em gestantes, de 20,9%; e a congênita, de 19%.

Em 2015, o número total de casos notificados de sífilis adquirida no Brasil foi de 65.878. No mesmo período, a taxa de detecção foi de 42,7 casos por 100 mil habitantes – a maioria, em homens: 136.835 (60,1%). No período de 2010 a junho de 2016, foi registrado um total de 227.663 casos de sífilis adquirida.

Em gestantes, no ano de 2015, a taxa de detecção da sífilis foi de 11,2 casos em gestantes a cada mil nascidos vivos, considerando o total de 33.365 casos da doença. Já de janeiro de 2005 a junho de 2016 foram notificados 169.546 casos. Com relação à sífilis congênita, em 2015 foram notificados 19.228 casos da doença – uma taxa de incidência de 6,5 por mil nascidos vivos. De 1998 a junho de 2016, foram notificados 142.961 casos em menores de um ano. O incremento entre os anos de 2013 e 2014 foi de 26,77%; entre os anos de 2014 e 2015, foi de 20,91% no número absoluto de casos novos diagnosticados.

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Ontem (20), o Ministério da Saúde lançou uma ação nacional para combater a doença. Uma carta-compromisso foi assinada com 19 associações e conselhos de saúde, estabelecendo ações estratégicas para a redução da sífilis congênita no país. O foco é detectar precocemente a doença no início do pré-natal e encaminhar imediato tratamento com penicilina.

A detecção da sífilis é feita por meio de testes rápidos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, o Ministério da Saúde aumentou em mais de quatro vezes a quantidade de testes distribuídos a estados e municípios, passando de 1,1 milhão em 2001 para 6,1 milhões de testes em 2015. Para as gestantes, a indicação da realização dos testes rápidos é feita já na primeira consulta do pré-natal – e daí a importância da conscientização de mães e seus parceiros, para iniciar o pré-natal ainda no primeiro trimestre da gravidez.

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