domingo, novembro 24, 2024
NOTÍCIAS REGIONAIS

MALA SECA. A HISTÓRIA DO PRIMEIRO GRANDE AÇUDE DE PARAIBANO.

A origem do nome veio de um senhor que era deficiente físico e andava em um burro com malas secas.

QUEM FOI CRIANÇA NOS ANOS 70 TOMOU BANHO AQUI.
A MENINADA PEGAVA “BIGUDE” NOS CARROS QUE DESCIA A RUA DE PIÇARRA E IA PESCAR OU TOMAR BANHO NESSE AÇUDE, LÁ DEPOIS DA “PARADA NOVA” E OLHO D’ÁGUA E VOLTAVA, A PÉ, DESCALÇO NAS PEDRAS QUENTES, MAS FELIZ DA VIDA… A MÃE NEM SONHAVA…

UM DOS PRIMEIROS GRANDES AÇUDES DE BREJO PARAIBANO, FOI POR DÉCADAS UMA ESPÉCIE DE BALNEÁRIO…COM O PASSAR DOS TEMPOS FOI TENDO SUAS MARGENS DESMATADAS E CHEGOU A FICAR LONGOS ANOS SECO, ANOS DEPOIS O ASFALTO PASSOU AO LONGO E ERA UMA TRISTEZA SÓ, VER O AÇUDE SECANDO…

COM AS CHUVAS DESSE ANO DE 2020, O AÇUDE VOLTOU A SORRIR E SUAS ÁGUAS BRILHAM NA LUZ DO DIA.

NO LOCAL, PREGADA EM UM A FRONDOSA ÁRVORE A MARGEM, ESTÁ UMA PLACA QUE AVISA, QUE É PROIBIDO “PESCA E CAÇA”, HOJE O AÇUDE DEVE SER PROPRIEDADE PARTICULAR…

NESTA MANHÃ (30/03/2020) FUI NA CHÁCARA DO MEU SOGRO “BELEZA”, VER UM BARREIRO DE ÁGUA E NOTEI UM SANGRADOURO VAZANDO…SEGUIR AS ÁGUAS POR MEIO DO MATO E ENCONTREI BELEZAS NATURAIS ATÉ DESEMBOCAR NO AÇUDE DA NOSSA INFÂNCIA…O FAMOSO AÇUDE DO “MALA SECA” …

EM TEMPO:
A HISTÓRIA DO AÇUDE MALA SECA.

Meu sogro João Batista Pereira Campos filho de Adão Campos, contou a história do Açude do Mala Seca. O nome é uma homenagem ao senhor Vicente, que era deficiente físico da cintura para baixo. Media meio metro de comprimento e para se locomover usava um burro com uma cangalha e pendurada na cangalha duas malas de couros… Vicente era colocado no meio da cangalha forrada de palha de bananeira…como era bem pequeno era enrolado em uma toalha e colocado no meio da cangalha, se por acaso se desequilibrasse, as malas nas laterais da cangalha, serviam de suporte para evitar o acidente. As malas iam vazias ( secas) daí deram o nome de Vicente Mala Seca. Como o pai de Vicente foi quem fez uma espécie de barreiro para segurar água, começou assim a história do Açude do Mala Seca.

Em 1958 o Sr. Adão Campo, que era vaqueiro em Cocal Grande (Sucupira do Norte) foi contratado pelo Sr. Gonzaga para cuidar do gado na localidade do Olhos D’água, em Paraibano, Adão veio com a família, encontrando com a família de Vicente.

Dez anos depois, 1968, chegou uma empresa para fazer a estrada (rodovia) ligando Paraibano a Colinas, o Sr. Adão Campos, alugou uma casinha na localidade para os operários da empresa. Sr. Adão pediu que fosse feito um açude maior, e para incentivar os operários prometeu dar uma vaca se os os mesmos fizessem as paredes nas laterais, bueiras, etc.
O Sr. Epitácio casado com Dona César foi um desses operários que ajudou a fazer o grande açude com paredões e bueiras para no caso de muitas águas pudesse vazar o volume, que vinha de lagoas da região.

O Sr.Vicente Mala Seca morreu de velhice, segundo relatou João Batista Pereira Campos, “Beleza”, como é conhecido meu sogro, era quem cuidava de Vicente Mala Seca, pois o mesmo morava na casa da família no Olho D’água.
Por serem os primeiros moradores do local, que era uma mata, são primeiros em muitas benfeitorias na época.

Por volta de 2013, a localidade virou um povoado chamado Adão Campos, que muitos paraibanenses erroneamente chamam de Macacos…

Reportagem e Fotos: Leo Lasan

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