PARAIBANO: ALUNOS DE QUÍMICA TERÃO TRABALHO DE PESQUISA SOBRE CATINGA DE PORCO PUBLICADO EM LIVRO CIENTÍFICO.
Antes do enfermeiro Sêu Joél e da Farmácia do Chico Cândido, o povo de Paraibano utilizava algumas plantas medicinais para o tratamento de doenças ou prevenção de enfermidades. Muitos farristas e amantes da produção do engenho do Zé Batista, depois de uma noite de forró usavam o chá amargo do boldo para aliviar as dores de cabeça e uma gólipada de catinga de porco para desinflamar o fígado… semente de mamão era para matar as lombrigas da meninada e o sumo do mastruz com leite para quebrar o catarro nos peitos dos goguentos… Se você não conheceu esses remédios populares não viveu nos anos 60 no Brejim de Açucar.
Ao longo dos séculos, o conhecimento popular sobre plantas medicinais foi transmitido de geração a geração. O medicamento fitoterápico é utilizado até hoje em muitos lugares do Nordeste. Foi com essa ideia que Perisvaldo Soares, Adrielly Sousa e Sabrina Silva alunos do 6º período do curso de licenciatura em Química da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA- Pólo de Paraibano (Programa Ensinar) na disciplina química dos produtos naturais, desenvolveram o trabalho científico sobre a importância da planta Catinga de Porco (caesalpinia pyramidalis tull) no tratamento de doenças.
O trabalho foi aprovado pelas professoras do curso e será publicado em outubro em livro digital pela Ampla Editora. O aluno Perisvaldo Soares disse ao Paraibanonews “A professora Raquel Maria Trindade Fernandes (chefe do departamento de Química da UEMA) pediu para nossa equipe escolher uma planta para fazer um trabalho no curso de Química. Decidimos trabalhar com uma planta que a nossa população local tinha o costume de usar, no tratamento de doenças, depois de observarmos várias plantas escolhemos a catinga de porco por ser mais conhecida na região. Primeiramente fizemos uma pesquisa sobre a planta, tais como para que serve, princípio ativos, compostos químicos presentes, e a pedido da professora fomos postando esses estudos nas redes sociais como Instagram e Facebook, etc. na conclusão do trabalho apresentamos na aula, a professora perguntou se a equipe tinha interesse em divulgar o trabalho, fizemos alguns ajustes com a ajuda da professora Raquel e da coordenadora do curso Vera Lúcia Neves Dias.
O estudo foi submetido à banca examinadora da editora, que aprovou” revelou Perisvaldo ao site “No início não imaginávamos que seria publicado, haja visto é uma pesquisa que concorreu com muitos outros estudos, inclusive de doutores na área, mas deu certo e o estudo será um capítulo de um livro da área científica de uma importante editora reconhecida por doutores e pesquisadores dessa área” destacou o paraibanense. “Ainda temos outra pesquisa sobre o babaçu prestes a ser avaliado e que precisa apenas de alguns ajustes para conclusão, esperamos que tenha o mesmo sucesso”. Parabéns aos futuros químicos e cientistas paraibanenses que seguiram as receitas medicinais das vovós.